No último domingo aconteceu a primeira reunião do grupo Circulo do Livro. Esse grupo "é um clube de leitura online. A reunião é feita pelo Facebook, onde é discutido o livro do mês e é indicado um novo livro para o próximo mês." Para mais informações podem visitar a página do grupo no Facebook e se pá ler as regras.
O livro escolhido para esse mês, como era a vez de um clássico, foi Orgulho e Preconceito, de Jane Austen. Ótima escolha, visto que o filme homônimo produzido em 2005 é um dos meus favoritos, tive certeza que a leitura seria agradável.
Primeiro a odisseia para encontrar o livro. Oh, mas é um clássico. Encontramos em qualquer lugar! Não.
Amigos: x, biblioteca: x. Ah, quer saber? Vou comprar esse livro e pronto. Estava me sentindo o 'Fuck yeah' quando me deparo com a indisponibilidade do livro no Submarino (esse é o único site onde me dou ao luxo de comprar algo devido ao valor do frete). Só restou uma alternativa: e-book. Esse sim foi fácil.

Orgulho e Preconceito (1813) é a envolvente história de Fitzwillian Darcy e Elizabeth Bennet, os quais, à primeira vista (aliás, Fisrt Impressions, "Primeiras impressões", foi o título originalmente dado por Jane Austen a esta obra), não têm uma boa opinião um do outro, mas, no desenvolvimento do enredo, acabam descobrindo que estavam totalmente enganados.
Orgulho e Preconceito é a obra mais aclamada desta autora, não só no Reino Unido como em todo mundo, e tem sido frequentemente adaptada para o cinema, televisão e teatro, com grande sucesso de público e crítica.
"É uma verdade universalmente concebida que um homem solteiro que possui uma grande fortuna deve estar à procura de uma esposa".
A escrita de Jane Asuten é espetacular! Em cada linha eu sentia uma leve ironia, mesmo nos momentos tensos. No início temos a impressão de que os personagens principais são Jane
(irmã de Lizzy) e Bingley (amigo de Darcy). Esses quatro são os
personagens mais normais, se é que podemos dizer assim, já que os todos
os outros são caricaturas muito bem feitas de vários estilos e
personalidades. Se bem que a Jane não é muito normal, pois ela não consegue ver maldade em quase nada. Para ela sempre tem um outro lado da história...
Lizzy é a ironia em pessoa. Sendo essa uma característica que herdou, e muito bem, de seu pai, que a tem como favorita. Ao mesmo tempo em que faz o papel de uma anti-heroína inteligente e carismática é também muito orgulhosa e deveras preconceituosa.
A primeira impressão que todos têm do Mr. Darcy é a de um homem orgulhoso, antipático, pedante, arrogante, rude... e por aí vai. Tudo de ruim imaginavam sobre ele, que também era muito (muito mesmo!) rico. Realmente ele era muito orgulhoso e preconceituoso, mas como disse a Lizzy também tinha certa dose desses defeitos.
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Lizzy e Mr. Darcy, confronto no baile. ^^ |
Com o tempo eles acabam descobrindo mais um sobre o outro, quebrando tabus, e derrubando de vez (ou não!) o preconceito e o orgulho que primeiras impressões sempre passam...
Mesmo deixando alguns motivos fisiológicos de lado, meu personagem favorito continua sendo o Mr. Darcy, pois eu o entendo perfeitamente. Um misantropo entende o outro, sabe? Ele diz que não conseguir manter uma conversa com quem não tem tanta intimidade e logo deixa isso claro. É verdade também que ele conserva uma certa prepotência sobre o fato de possuir uma posição social elevada (fato que não compartilhamos!), pois seus próprios pais o criaram assim, como se ele fosse superior a outras pessoas menos afortunadas. Depois de "engolir sapos" quando Lizzy o faz enxergar que as coisas não são bem assim ele muda algumas de suas atitudes para com os outros e principalmente com ela, se mostrando mais... Comunicativo.
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Bem mais "simpático", não? |
Se você quer um clássico ao mesmo tempo romântico e pouco (muito pouco) meloso, esse é o livro! Alguns enfatizam a linguagem do livro que é um pouco densa, por ser um clássico e tudo mais, e apesar de não ter visto nenhum problema quanto a isso, já deixo aqui o aviso.
Ah, quem quiser participar do grupo fique à vontade, o livro desse mês já foi escolhido: Os Delírios de Consumo de Becky Bloom.
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