quarta-feira

2012



Que em 2012 as pessoas sejam, realmente, melhores! Como? Não existe receita para isso (ou existe?), essa é uma descoberta de cada um...






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quinta-feira

Across The Universe




Ouça enquanto lê!
A música demora um pouco mesmo! (:

Hey Jude - Joe Anderson


Dear Prudence - Dana Fuchs, Jim Sturgess, Joe Anderson, Evan Rachel Wood e T.V. Carpio



Tudo começou com esse vídeo, que nada mais é do que algumas cenas do filme "Across The Universe" e a música "World Spins Madly On" - The Weepies. Para dizer a verdade, tudo o que eu queria era ouvir a música e só, mas aí surge o Jim Sturgess e pensei: "ah, tenho que procurar esse filme". Ficou uns bons três meses na minha lista "Quero ver" do Filmow, enquanto eu procurava, procurava e óbvio, não encontrava em nenhuma loja, nenhuma locadora. Comprar pela internet? Pafh, os Correios estavam em greve se não me engano. Então, my guys, tive que apelar para algo não muito bom, que com certeza vocês já devem saber o que é... Enfim, o que importa é que consegui assistir.  E pretendo comprá-lo o mais rápido possível. Mas, se alguém quiser dá-lo como presente de aniversário a mim, fique à vontade.  Jai guru deva, Om.

Jude (Jim Sturgees) que mora em Liverpool, resolve ir para os EUA conhecer seu pai, que abandonou sua mãe quando essa estava grávida.


Chegando lá ele conhece Max (Joe Anderson) que é muito louco, quase literalmente, além de ser também o que solta as melhores pérolas do filme.

Ficam amigos, e Max o apresenta a sua irmã Lucy (Eva Rachel Wood) que perdeu o namorado Daniel (Spencer Liff) enquanto este lutava na Guerra.

Max larga a faculdade e vai para New York (do sexo, das drogas e do rock´n´roll (Anos 60!)). Jude vai junto, é claro. Nas férias Lucy decide visitar o irmão, e se envolve com Jude.

Então, a partir daí o filme fica bem melancólico e tenso, pois Max vai para Guerra, Lucy se envolve em "emergentes movimentos de contra-cultura, da psicodelia aos protestos contra a Guerra do Vietnã". Ela e Jude passam por muita coisa, uma verdadeira prova de resistência para o amor deles.

Há outros personagens como Sadie (Dana Fuchs), a proprietária do apartamento onde eles moram (devo dizer que muitas pessoas moravam no apartamento). Ela é uma referência a Janis Joplin. JoJo (Martin Luther McCoy), referência a Jimi Hendrix. Prudence (T.V. Carpio), Dr. Robert (Bono Vox (Sim, ele mesmo!)) e Mr. Kite (Eddie Izzard).

JoJo e Sadie

Eu não sou fã dos Beatles. Creio que fã é quem ouve todo dia, sabe todas as letras, tem CD's e gosta mesmo da banda, entendem? Não estou falando de pseudo-fãs e posers. Eu, conheço, vamos ver, umas 15 músicas dos Beatles, e só. É óbvio, que eu sei quem é a banda e tudo mais (acreditem, há pessoas que não sabem nada sobre ela!). All right! Depois de assistir o filme a primeira coisa que fiz foi "correr" para procurar todas as músicas (TODAS!) que foram tocadas no filme, ou em outras palavras, a trilha sonora. Já a algum tempo (meses) que estou furando meus tímpanos ouvindo-as no último volume. O que vamos combinar, é muito melhor do que "furar os tímpanos" ouvindo a música da caixa de som do carro do vizinho. Guy, música boa é outra coisa...

O filme é um dos (para não dizer melhor, ou até mesmo o melhor... Er... Sim, pode ser o melhor), musical que eu já assisti. Como disseram por aí, as músicas não são apenas cantadas e sim interpretadas, no seu momento certo e do jeito certo. Os atores cantam muito. Muito mesmo!
Um filme que todo beatlemaníaco ou qualquer apreciador de boa música deveria assistir.


Curiosidades 
Os nomes de todos os personagens - assim como o título do filme - foram retirados de canções dos Beatles.

90% das canções foram gravadas ao vivo nos sets de filmagens, sem qualquer dublagem feita em estúdio durante a pós-produção.

A cena do ônibus de Dr. Robert foi considerada uma das mais bizarras da atualidade, perdendo apenas para o final de "2001 - Uma odisséia no espaço".

Extra! (Ou nota da blogueira)
Joe Anderson é, fisicamente, muito parecido como Kurt Cobain. Penso que ele é quem deveria interpretar o Kurt Cobain! Nada a ver com o filme Across The Universe, mas ainda penso que... rs







That's it!

quarta-feira

O que irrita...



_ Morri! - Atirou a mochila em um canto do quarto e se jogou na cama.
_ Quanto drama!
_ Não enche! - Sentou-se e começou a tirar os sapatos.
_ Nossa, vejo que está excelente hoje. A arrogância continua no...
_ Me deixa! - Jogou o sapato na direção da voz errando propositalmente.
Desfez-se das outras peças do vestuário.

Silêncio.

_ Então, por que tanto stress?
Fingiu não ter escutado a pergunta e foi para o banheiro.
_ Ei, eu fiz uma pergunta!
_ Já disse... - Fixou-se no espelho por alguns instantes - Bom, como esperava que eu estivesse depois de trabalhar no sábado! Por favor! Quem trabalha no sábado?
_Você! E mais um monte de gente.
Não respondeu e lavou o rosto.
_Mas você aceitou trabalhar no sábado, então não deveria estar assim... Até mesmo porque vai ganhar uma boa remuneração... muito boa, eu diria.
_Tanto faz.

Foi tomar banho!

_ Agora tudo o que eu quero é dormir o resto do dia! - Novamente se jogou na cama. Dessa vez com o traje adequado.
_ Não acho que esteja tão mal assim...
_ Mas que... Já disse! Some! Você diz isso porque não precisou trabalhar como eu.
_Precisei sim, e você sabe disso.
_ Eu não sei de nada agora me deixe dormir.
_Tá!

Silêncio.

_ Você precisa melhorar esse humor...
_ O quê... - levantou-se de repente e começou a andar pelo quarto - Você não vai me deixar em paz, não é mesmo? - Perguntou enquanto olhava pela janela do quarto.
_ Er, acho que não... Talvez seja a minha função.
Suspiro. Voltou a sentar-se na cama.
_ Eu te odeio!
_ Eu também.
_ Você também o que?
_ Odeio.
_ Quem?
_ O que você disse mesmo?
_ Que te odiava.
_ Então eu também.
_ Mas eu odeio VOCÊ!
_ EU TAMBÉM!

 Cansou-se da discussão inútil e foi ler um livro.

_ Ei...
Não respondeu.
_ Ei...
Silêncio.
_Você não iria sair com alguém?
Lembrou-se. Havia marcado alguma coisa com alguns conhecidos. Olhou no relógio apenas para descobrir que já passava da hora... Correu para se arrumar.
_ Você não precisa ir se não quiser.
_ Eu vou!
_ Vá então! Depois não diga que eu não avisei...
_ Pelo menos você não vai estar lá. - Abriu o guarda-roupa e procurou algo para vestir.
_ Claro que eu vou com você.
_ Não, não vai! - Escolheu os sapatos.
_ Você sabe que vou.
_ Eu vou me divertir tanto que nem vou notar você e suas tentativas irritantes de chamar a atenção.
Começou a se vestir.
_ Talvez! Você sabe que não vai se divertir. Isso é quase impossível... (risada sarcástica)
Silêncio.
Foi ao banheiro terminar de se arrumar.

Batidas na porta.

_Entre! - Gritou de dentro do banheiro

_ Vai mesmo?
_ Vou!
_ Eu estava pensando, e acho que poderíamos...
_Cala boca! - Levantou a voz.

_O que? 
Saiu do banheiro e percebeu a cara de espanto de quem havia batido na porta do quarto.
_Ah, estava apenas cantando uma música.
_ Hum, tá então! 

Antes de sair deu uma última olhada no espelho atrás da porta e lançou um sorriso malicioso para a imagem refletida. Pelo menos por algum tempo ficaria longe daquele reflexo irritante.


Gessy


Devaneios...
Desconsiderem os erros de concordância que eu não estou a fim de corrigir.  (:






quinta-feira

Para gostar de ler #1


No último domingo aconteceu a primeira reunião do grupo Circulo do Livro. Esse grupo "é um clube de leitura online. A reunião é feita pelo Facebook, onde é discutido o livro do mês e é indicado um novo livro para o próximo mês." Para mais informações podem visitar a página do grupo no Facebook e se pá ler as regras.
O livro escolhido para esse mês, como era a vez de um clássico, foi Orgulho e Preconceito, de Jane Austen. Ótima escolha, visto que o filme homônimo produzido em 2005 é um dos meus favoritos, tive certeza que a leitura seria agradável.

Primeiro a odisseia para encontrar o livro. Oh, mas é um clássico. Encontramos em qualquer lugar! Não.
Amigos: x, biblioteca: x. Ah, quer saber? Vou comprar esse livro e pronto. Estava me sentindo o 'Fuck yeah' quando me deparo com a indisponibilidade do livro no Submarino (esse é o único site onde me dou ao luxo de comprar algo devido ao valor do frete). Só restou uma alternativa: e-book. Esse sim foi fácil. 


Um dos nomes de maior prestígio da literatura inglesa, Jane Austen (1775-1817) começou a manifestar talento para as letras ainda na adolescência. Seus romances descrevem, com notável argúcia e sutil ironia, a sociedade rural inglesa de seu tempo, por meio de entrelaçamento de personagens e sentimentos da vida comum. 

Orgulho e Preconceito (1813) é a envolvente história de Fitzwillian Darcy e Elizabeth Bennet, os quais, à primeira vista (aliás, Fisrt Impressions, "Primeiras impressões", foi o título originalmente dado por Jane Austen a esta obra), não têm uma boa opinião um do outro, mas, no desenvolvimento do enredo, acabam descobrindo que estavam totalmente enganados. 

Orgulho e Preconceito é a obra mais aclamada desta autora, não só no Reino Unido como em todo mundo, e tem sido frequentemente adaptada para o cinema, televisão e teatro, com grande sucesso de público e crítica. 


"É uma verdade universalmente concebida que um homem solteiro que possui uma grande fortuna deve estar à procura de uma esposa".


A escrita de Jane Asuten é espetacular! Em cada linha eu sentia uma leve ironia, mesmo nos momentos tensos. No início temos a impressão de que os personagens principais são Jane (irmã de Lizzy) e Bingley (amigo de Darcy). Esses quatro são os personagens mais normais, se é que podemos dizer assim, já que os todos os outros são caricaturas muito bem feitas de vários estilos e personalidades. Se bem que a Jane não é muito normal, pois ela não consegue ver maldade em quase nada. Para ela sempre tem um outro lado da história...

Lizzy é a ironia em pessoa. Sendo essa uma característica que herdou, e muito bem, de seu pai, que a tem como favorita. Ao mesmo tempo em que faz o papel de uma anti-heroína inteligente e carismática é também muito orgulhosa e deveras preconceituosa.

A primeira impressão que todos têm do Mr. Darcy  é a de um homem orgulhoso, antipático, pedante, arrogante, rude... e por aí vai. Tudo de ruim imaginavam sobre ele, que também era muito (muito mesmo!) rico. Realmente ele era muito orgulhoso e preconceituoso, mas como disse a Lizzy também tinha certa dose desses defeitos.

Lizzy e Mr. Darcy, confronto no baile. ^^

Com o tempo eles acabam descobrindo mais um sobre o outro, quebrando tabus, e derrubando de vez (ou não!) o preconceito e o orgulho que primeiras impressões sempre passam...

Mesmo deixando alguns motivos fisiológicos de lado, meu personagem favorito continua sendo o Mr. Darcy, pois eu o entendo perfeitamente. Um misantropo entende o outro, sabe? Ele diz que não conseguir manter uma conversa com quem não tem tanta intimidade e logo deixa isso claro. É verdade também que ele conserva uma certa prepotência sobre o fato de possuir uma posição social elevada (fato que não compartilhamos!), pois seus próprios pais o criaram assim, como se ele fosse superior a outras pessoas menos afortunadas. Depois de "engolir sapos" quando Lizzy o faz enxergar que as coisas não são bem assim ele muda algumas de suas atitudes para com os outros e principalmente com ela, se mostrando mais... Comunicativo. 

Bem mais "simpático", não?


Se você quer um clássico ao mesmo tempo romântico e pouco (muito pouco) meloso, esse é o livro! Alguns enfatizam a linguagem do livro que é um pouco densa, por ser um clássico e tudo mais, e apesar de não ter visto nenhum problema quanto a isso, já deixo aqui o aviso. 

Ah, quem quiser participar do grupo fique à vontade, o livro desse mês já foi escolhido: Os Delírios de Consumo de Becky Bloom. 
 


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quarta-feira

Promessas


Depois de muitos anos sem se verem, dois amigos (ou ex-amigos) de infância se reencontram em uma festa de casamento de uma amiga em comum.
[…]
_ Você se lembra de quando éramos crianças?
_ Sim, eu me lembro... Bons tempos eram aqueles!
_ Verdade! Lembra-se da promessa de que iriamos nós casar quando fossemos “grandes”? (risos)
_ É, éramos muito sonhadores naquela época. (risos)
_ Sim, muito. Nem lembro mais como perdemos o contato...
_ Sério?
_ Sim, é sério. Lembro-me que continuamos com nossas promessas até a adolescência, então fomos para a faculdade, nós separamos por um tempo. Depois... Eu não consigo me lembrar do que aconteceu...
_ Você se casou.
[...]


Gessy

segunda-feira

Necessidade



Vi ele pela primeira vez no Shopping, em uma preguiçosa tarde de terça-feira e se eu acreditasse em amor à primeira vista diria que foi isso que aconteceu conosco, quer dizer, pelo menos de minha parte. As pessoas passavam quase indiferentes a ele, não que ele não fosse bonito ou coisa do tipo. Vez ou outra, alguém parava para contemplar aquela beleza extasiante que poucos conhecem e entendem. Ele parecia se divertir com toda aquela cena, talvez um de seus objetivos fosse causar isso nas pessoas, a primeira impressão. Mas eu logo percebi, ele tinha muito mais a mostrar. Precisava tê-lo perto de mim, precisava descobri seus segredos. Necessitava. Prometi a mim mesma que faria de tudo, ou quase tudo, para tê-lo.

E consegui. Mesmo assim me mantinha distante. Fazia de tudo para preservá-lo. Namorava-o a distância. Tinha medo do encanto se quebrar, sempre penso no fim das coisas antes delas começarem... Meu namorado começava a ficar com ciúme. Às vezes, eu passava mais tempo com o outro do que com ele. Sempre explicava que o outro era meu amigo para todas as horas, explicava que precisava do outro assim como precisava dele, e cuspia um monte de explicações para acalmá-lo até ficar convencido. Não era necessário tudo isso, mas eu gostava de fazer drama e ele adorava, se divertia com isso. Sempre quando não estava com ele, estava com meu amigo, para dizer a verdade, estávamos quase sempre juntos, nos tornamos praticamente inseparáveis.

Eu o tratava como se fosse meu prêmio e não fazia a mínima questão de exibi-lo a outras pessoas, que poderiam ser muito chatas e intrometidas. Emoção, paixão, alegria, tristeza, surpresa,  tudo isso pude sentir com ele e ficará para sempre em minha memória. Por fim terminei de lê-lo e fiz questão de colocá-lo em um lugar de destaque na estante, para sempre me lembrar. Agora ele está com outros conhecidos que passaram pela mesma situação enquanto estavam comigo. E amanhã é dia de Shopping novamente...
Esse meu amigo, para quem não entendeu, é um livro, ok?! 

Gessy


quarta-feira

"Idiota delirante"



Ninguém nunca entendia o que ela dizia, seus caprichos foram isolados pela ignorância que o destino à transformava. 
Vivia ali-acolá, por trás daqueles olhos importunos escondia suas lágrimas dentro de falsos sorrisos. 
Certamente sonhava, tinha sonhos como as outras pessoas, mas também tinha medo, medo que tudo acabasse.
Era infeliz ontem, hoje e buscava a felicidade de amanhã. Lá fora esboçava risos e contava as flores, mas não entendia porque dentro de si pulsava a dor de uma revolta devastadora.
Queria ser notada, não mais que os outros, nem humilhada ao ponto de ser ignorada pelo mundo. Porém sua presença não era notada, tampouco sua falta sentida
Sua vida, embora tão simples era repleta de atitudes tenebrosas, talvez assim 
conseguiria chamar atenção.
Costumava se classificar como uma "Idiota Delirante", fazia esboço das coisas no papel e do desprezo dos outros recolhia-se na solidão das palavras e nas entrelinhas um sentido para viver.

Texto da (talentosa) Evelyn Dias do blog One lonely girl looking somebody to love


     

Já me perguntaram o porque do termo"uma idiota delirante". Bom, esse nome veio do pequeno texto Ilusão, já publicado nesse blog. Nessa época, ele fazia todo o sentido para mim e para o que eu estava sentindo, mas o tempo passa, e hoje é apenas mais um texto. Um texto que eu vou lembrar sempre ao acessar meu blog. Não  tenho nenhuma pretensão em mudar o nome do blog, e acho que não farei isso por um bom tempo, pois a adaptação ao novo nome é muito demorada. Além do mais, como está claramente descrito no texto da Evelyn, "idiota delirante" é um termo perfeitamente cabível a mim. 

domingo

É tarde demais


Eu não sou uma princesa e isso não é um conto de fadas. Não sou aquela que você quer agradar conduzindo pela escadaria. Isso não é Hollywood e esta é apenas uma cidade pequena. Era uma sonhadora antes de você chegar e me pôr para baixo. Talvez eu fosse ingênua, pois me perdi nos seus olhos e nunca realmente tive chance.
Tive tantos sonhos sobre você e eu. Finais felizes. Bem, agora eu tenho certeza que eu não sou uma princesa e isso não é um conto de fadas. Escutava o que você dizia, mas simplesmente não conseguia emitir nenhum som. Dizia que precisa de mim, mas então depois de um tempo você me 'derrubava' de novo.
Seria capaz de me arriscar, cairia, levaria um tiro por você. Precisava de você como um coração precisa bater, mas isso não é novidade. Eu amei você como um fogo-vermelho, e agora está se tornando azul. Você diz: "Sinto muito", feito um anjo. Céus! Como queria que isso fosse verdade.
Mas temo que seja tarde demais para pedir desculpas. Mesmo assim lá estava você, sobre seus joelhos implorando por perdão, implorando por mim como eu sempre quis, mas eu sinto muito... É tarde demais.
Eu ainda vou achar alguém algum dia que realmente me trate bem. Esse é um mundo grande, aquela, lá no meu retrovisor desaparecendo nesse momento, era uma cidade pequena. Agora é tarde demais para você e seu cavalo branco me alcançarem.

Taylor Swift – White Horse
Timbaland feat. One Republic – Apologize




Annie estava no bar do hotel esperando por sua bebida.
  – Você por aqui?
Estremeceu ao ouvir aquela voz. Uma voz que ela nunca esqueceu. Virou-se para ter certeza. Sim, era ele. O homem que ela amara por muito tempo e que agora... Bem, agora é agora.
  – Ah, oi!
  – Nossa, você está diferente, muito diferente. Não sei... – Disse analisando-a.
  – É, estou mesmo. Desde o momento em que tive de te esquecer e seguir com a minha vida. – Ela foi direta ao ponto.
  – Annie, você sabe que aquilo foi algo difícil para nós dois.
  – Nós dois? Quem foi a vítima?
  – Escute, Annie. Eu lhe pedi desculpas tantas e tantas vezes. Por que não consegue perdoar-me?
  – Eu já lhe perdoei a muito tempo.
  – Sério? Então eu tenho outra chance?
  – Não.

  – Pronta, querida? - Foram interrompidos por um homem alto e forte, que enlaçou Annie pela cintura.
  – Claro. - Respondeu ela sorrindo. Depois virou-se para o outro. – Adeus Nikki.





quinta-feira

Tomorrow



Amanhã é outro dia, aprendi isso ontem. 

                                             Caio Fernando Abreu






sexta-feira

Aqui estou





  – Você não precisa lutar sozinha, e não tem que estar sempre certa. Deixe-me lutar por você também. Escute-me, preciso que saiba que não tem que fazer isso sozinha.
  – Eu... Não sei como explicar. Já deixei alguém entrar em minha vida... E agora estou com medo, porque da última vez que fiz isso essa pessoa esmagou meu coração. Mas aqui estou eu... Você... Pedindo-me isso. Eu quero aceitar. A única coisa que quero é ser feliz, e você... Você me faz feliz.
  – Então, o que estamos esperando?
  – Eu...
  Desviei os olhos dele. Não sabia o que dizer. Eu queria dizer "sim", mas a palavra não saia da minha boca. Algo dentro de mim impedia-me de dizê-la. A minha ferida mais profunda que ainda não cicatrizara. Sua atadura estava sendo aberta agora. E aquilo doía muito.
Uma voz dentro de mim tentava dizer: "Ele vai quebrar meu coração", mas uma outra voz, ainda mais profunda, também me dizia "Não, ele vai curá-lo".
Ele continuava me olhando com aquele brilho nos olhos.
  O amor é cheio de armadilhas. Quando quer se manifestar, mostra apenas a sua luz – e não nos permite ver as sombras que esta luz provoca. “Ridículo”, penso comigo mesma. Não existe nada mais profundo que o amor. Nos contos infantis, as princesas beijam os sapos e eles se transformam em príncipes. Na vida real, as princesas beijam os príncipes e eles se transformam em sapos. Mas ele estava ali, na minha frente, me olhando como se eu tivesse algo tão especial.
  Durante anos eu lutara contra meu coração, porque tinha medo da tristeza, do sofrimento, do abandono. Sempre soubera que o verdadeiro amor estava acima de tudo isto, e que era melhor morrer do que deixar de amar. Mas achava que apenas os outros tinham coragem. E agora, neste momento, descobria que eu também era capaz. Mesmo que significasse partida, solidão, tristeza, o amor valia cada centavo do seu preço.
  O que eu estava pensando? Não tinha me dado conta do quanto ele havia se tornado especial para mim. Seria possível depois de tanto tempo sem sentir nada novo? Sim, era possível. Era difícil acreditar, mas eu o amava.
  E aquele olhar...
  Depois de um silêncio suplicante, calmamente ele começou a falar:
 – O amor não está no outro, está dentro de nós mesmos; nós o despertamos. Mas para este despertar, precisamos do outro. O universo só faz sentido quando temos com quem dividir nossas emoções. E é com você que eu quero dividi-las.
  Ele aproximou-se mais e segurou minha mão, ficamos assim por alguns instantes. Então acariciei seus cabelos.
– Está certo disso? 
O amor não faz muitas perguntas, porque, se começamos a pensar, começamos a ter medo. É um medo inexplicável, nem adianta tentar traduzi-lo em palavras. “Pode ser o medo de ser desprezado, de não ser aceito, de quebrar o encanto. Parece ridículo, mas é assim. Por isso não se pergunta – se faz. Como você mesma já disse tantas vezes, se correm os riscos."
– Então vamos correr os riscos juntos.



Trechos dos livros Onze Minutos e Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei, de Paulo Coelho.




quinta-feira

"Querida, Katie..."



"Então, querida Katie, o que tem feito ultimamente? Tenho ouvido falar que está tudo errado. Vejo que não tem feito muito do que eu sugeri. Nós tentamos tanto, e você sabe bem disso. Aproveitamos tudo ao máximo enquanto durou, ou como dizem, vivemos cada dia como se fosse o último. E eu agradeço, todos os dias, por esses momentos tão maravilhosos que passamos juntos. Queria eu poder estar ai neste momento para vivê-los novamente. Tanto tempo se passou e parece que foi ontem que tudo aconteceu. Você sabe que ninguém teve culpa por aquilo. Simplesmente aconteceu, nosso tempo acabou. Fomos forçados a nos separar. Não podemos ficar assim, temos que refazer as nossas vidas, você principalmente. Isso é necessário, querida Katie. Será que não percebe? Eu mantive a minha promessa e espero que mantenha a sua. Eu acredito em você. Sempre acreditei.
Estou lembrando-me agora de como costumávamos ser. Algumas pessoas costumavam sorrir. Nós segurávamos as mãos no parque, e outras coisas simples que homem e mulher dividem. Oh, me perdoe, estou sendo muito sentimental, e você nunca gostou disso. Pelo menos que eu me lembre. Mas isso era apenas uma máscara que você mantinha perante as outras pessoas. A minha Katie, a que apenas eu conhecia era tão sentimental quanto eu, divertida, feliz, ingênua, solidária... Ah! Coisas que as pessoas não sabiam que você poderia ser. Acho que elas ainda não sabem, não é mesmo Katie? Será que não está na hora de todos saberem quem é a verdadeira Katie? Pense sobre isso. É um dos seus deveres: mudar para melhor. Não estou dizendo que você está ruim assim, mas digamos que poderia melhorar, e muito. 
Mas pergunto a você novamente, o que tem feito da sua vida, querida Katie? Fique feliz e eu ficarei. Divirta-se eu eu me alegrarei. Não direi a você para me esquecer. Eu sei que você não conseguiria. E não, não estou sendo egoísta. Eu apenas sei. Por causa de nossa promessa, ainda lembra-se dela, querida Katie? Oh, me perdoe. Como você poderia tê-la esquecido, se a pronuncia toda noite? Perdão! Meu tempo está curto Katie, eu devo ir agora. Ficarei um período longe de você. Devemos nos reencontrar em breve, em alguns anos, quem sabe séculos? Calma, não se assuste. Fique apenas com uma certeza: vamos nos reencontrar. Isso te garanto. Mas por enquanto, querida Katie, eu lhe peço apenas uma coisa, para que eu possa ficar em paz: VIVA!"
Matthew


Dear Katie - James Blunt






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